sábado, 15 de maio de 2010

Madri, capital mundial do...tênis


Esta semana aconteceu por aqui o Masters 1.000 de Madri, um torneio que reúne quase todos os chamados "top ten" do esporte e muitos outros, no masculino e feminino, além de ser a "porta de entrada" para a temporada dos Grand Slams, que começa na semana que vem.
O Madrid Open não chega a ser um Roland Garros da vida, mas tem sua bossa.
Uma delas é ter sido o único lugar onde, no último ano, Roger Federer e Rafael Nadal, os reis do tênis atual, se enfrentaram numa final. Uma delas foi há exato um ano, quando o suíço Federer, número um do mundo, tirou do espanhol Nadal a vitória em casa, em uma derrota que, posteriormente, lhe fez perder o posto de segundo do mundo.
A outra delas foi ontem, na revanche perfeita de Nadal. Ele não só bateu Federer como também o recorde de títulos de Masters 1.000 (18 deles). Foi a consagração da sua volta ao topo -mais precisamente ao segundo lugar do ranking, que ele recuperou com as vitórias em Madri-, depois de um ano de lesões e derrotas.
A seu favor, Nadal tinha ainda uma torcida de 11 mil pessoas, sobre a qual escrevi matéria publicada hoje na Folha de S. Paulo, e que reproduzo ao final do post.
No reino das mulheres, o Madrid Open foi uma zebra total. Uma a uma, as melhores do ranking foram caindo: Serena Williams, Caroline Wozniacki (2ª do ranking), Safina (número 5) e Maria José Martinez (espanhola que ganhou o Aberto de Roma). A Venus Williams foi a última delas, e perdeu na final para a francesa Aravane Rezai.
De resto, muitos VIPs, como Cristiano Ronaldo, Raul e a família real espanhola (tirano o rei, que semana passada passou por operação para retirada de um nódulo) e muito, muito tênis. De primeira, mesmo não sendo um Gran Slam.

Torcida vaia, mas aplaude Federer no fim
Federer, que não conseguiu defender o título ganho em 2009

LUISA BELCHIOR
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM MADRI

"Não se esqueça que estamos na Espanha", advertiu Rafael Nadal quando da chuva de vaias recebidas pelo checo Tomas Berdych, em 2006, após o jogador mostrar um dedo nada educado para plateia, que fazia barulho pelo compatriota Nadal.
Explosivos como qualquer bom espanhol, os cerca de 11 mil torcedores que ignoraram a decisão do Campeonato Espanhol de futebol e acompanharam ontem a final do Master 1.000 de Madri -incluindo a rainha Sofia, da Espanha- não chegaram a fazer o mesmo com Federer.
Mas deixaram de lado algumas regras básicas de plateias mais "serenas", nas palavras do próprio Federer.
Numa espécie de mistura entre Maracanã e Roland Garros, o público do Madri Open, acompanhados por celebridades como os jogadores Cristiano Ronaldo e Raul, do Real Madrid -que foram ao torneio todos os dias menos ontem, quando estavam jogando-, e por parte da família real espanhola, respeita (quase sempre) os pedidos de silêncio durante os pontos.
Mas, a cada intervalo, por mínimo que seja, faz barulho. Muito barulho.
Na partida de ontem, intercalava gritos de "Olé!"com "vamos Rafa!", aplaudia de pé pontos as típicas cruzadas de seu compatriota, lamentava suas bolas na rede, agitava bandeiras, ria e até vaiava -como no ponto repetido pela dúvida do juiz e de Federer em uma bola de Nadal.
O próprio espanhol pediu, em um gesto com a mão, para a plateia se acalmar.
"Aprende com ele", gritou um torcedor, quando Nadal, apontou com a raquete para uma marca que assegurava uma bola boa do adversário.
"O público daqui é um público muito animado, faz com que o torneio de Madri seja espetacular", defendeu Nadal após a partida.
"Se nota muita diferença para torneios como Wimblendon. Lá há muito mais silêncio. Aqui [Madri], a plateia se envolve mais, participa", observou o Federer, que, ao deixar a quadra após a final de ontem, ganhou uma salva de aplausos.

Um comentário:

marcelo alves disse...

Aêeeeeeee, se arriscando no mundo dos esportes. Muito bom.
beijos,
marcelo